terça-feira, 29 de junho de 2010

Subcoisas

É sempre assim: as pessoas vêm e vão, trazendo e levando outras pessoas especiais. Uma perda nunca é só uma, são várias. Objetos, família, amigos, lembranças, fotos, sorrisos, piadas internas.... Vai tudo e você fica sem saber o que era seu ou do outro. Ou dos dois. Não dá pra saber nem se você tem o direito de se despedir ou de recordar algo que veio no pacote e foi também.

Acho essa vida uma porcaria. Fico deprimida com essa história de que todo mundo é possivelmente descartável a qualquer hora e para qualquer um. São pessoas, pô! Que droga de ideia é essa?! É aí que eu vejo como nada faz sentido. Como a vida é pequena. Tudo acaba. O tudo vira nada em algum momento. Certeza.

Parece que Deus, o destino, o cosmos, o universo, Merlin ou sei lá o quê que eu ainda não decifrei, não satisfeito em te tirar UMA coisa, arrasta VÁRIAS subcoisas que, por sinal, são as mais complicadas de esquecer.

Eu resolvi chutar o balde e tentar fechar o ciclo me despedindo de quem eu acabei perdendo por tabela e quem eu nunca imaginei que fosse sentir falta e lembrar com tanta alegria. Foi triste, mas também foi válido. Vi que perdi de verdade, mas sei que também sou uma feliz lembrança.

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