sexta-feira, 4 de junho de 2010

Neverland


Quando eu era criança e brincava de casinha, sempre queria ser a grávida. Colocava uns vestidos folgados e enfiava um lençol por baixo. Eu sei o nome da minha filha e imagino como vão ser os traços dela desde que eu tinha uns 12 anos. Como eu quero ter um casal, o nome do menino eu demorei um pouco pra decidir. Apesar de ainda ter dúvidas, pelo menos agora eu já tenho duas opções.

Sempre fui fascinada por crianças. Sento no chão, brinco, converso de igual pra igual, beijo, abraço, aperto... Ter um filho é uma meta real na minha vida. Tenho um instinto maternal inexplicável. Adoro cuidar, aconselhar, ajudar, amparar. Sinto uma satisfação imensa com esse poder.

Dei aula de ballet para meninas de 2 a 8 anos durante 1 ano e meio. Foi uma das melhores épocas da minha vida. Apesar do cansaço físico que dava, eu bolava de rir com elas. Nunca imaginei que tinha tanta paciência e sabedoria para lidar com crianças. Afinal, isso é um dom e não é qualquer um que nasce com ele.

Ainda me sinto meio criança e creio que isso é uma das minhas melhores características. Demorei para entender, mas acabei enxergando que ser espontânea e viver sem medo do que os outros vão pensar é deveras encantador. É como uma criança mesmo, que faz tudo o que der na telha só pelo fato de ser divertido sem se preocupar com as consequências.

E pensar que quando eu era menina não via a hora de crescer... Cada aniversário era uma alegria maior. Achava que aos 10 anos eu já seria adolescente e que com 18 ia poder fazer o que quisesse sem dar satisfações. Ah se eu soubesse! Como eu era feliz...

Ao mesmo tempo que amo crianças e me sinto meio que uma, tenho a segurança estranha de que vou ser uma excelente mãe. Daquelas que educam de verdade mesmo, sabendo o que está fazendo. Tomara que eu esteja certa.

Sei que nesse mundo doido de hoje, se a gente for parar pra pensar mesmo se tem ou não um filho, não tem de jeito nenhum. Mas eu nem penso e não conheço uma mãe sequer que tenha se arrependido. É meu maior plano de vida. Um dos poucos que tenho e vou concretizar fácil. Sou uma menina teimosa e birrenta e nada vai mudar isso. Quando eu crescer eu quero ser mãe!

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