quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Só uma sugestão


Ontem, assistindo à pré-estreia de Comer, Rezar, Amar, a personagem da diva Julia Roberts colocou toda a minha angústia nos seus diálogos. Liz Gilbert se indigna com esse complô mundial para que as mulheres se casem. Todos querem arrumar um marido pra ela e sentem pena quando descobrem que a moça é divorciada.

No último final de semana, uma amiga de infância comentou que a mãe dela, num almoço de domingo, disse estar preocupada comigo. OK, PARA TUDO! COMO É QUE É? Foi exatamente o que eu falei na hora. Aliás, eu gritei mesmo. Como assim? Onde é que tem escrito que eu tenho que me casar? Alguém pode me dizer? Existe uma lei, é isso? Minha tia fala mais ou menos a mesma coisa e para essa minha mesma amiga. Coitada, por sinal.

Eu sei que casar deve ser ótimo, que é preciso uma família estruturada para criar um filho etc. Mas não me venham com peninha, preocupação e cobranças, ok? Eu não nasci grudada com ninguém e muito menos pela metade para ter que arranjar alguém para ficar comigo a vida inteira ou que "me complete". Eu nasci sozinha, como um indivíduo, única, exclusiva e sem faltar nenhum pedacinho. Mas a obrigatoriedade do casamento já está tão enraizada na mentalidade das mulheres que nem todas conquistaram a proeza do discernimento. E isso é lamentável.

Já me conheço o mínimo para saber o que me faz feliz. Tenho dignidade o suficiente para não colocar a minha felicidade nas mãos de outra pessoa. Ele vai acabar fazendo o que bem entender com ela e eu corro o risco de me lascar no final. E sem poder nem reclamar.

Não, eu não quero o buquê do seu casamento. Não, eu não vou ser infeliz se "ficar pra titia". Não, não precisa escrever meu nome na barra do seu vestido branco. Não, eu não preciso de um marido para ter um filho. Sim, eu já sonhei entrando na igreja de véu e grinalda com umas três pessoas diferentes. Sim, eu já desejei casar com minha alma gêmea. Porém, eu não tenho culpa se essas pessoas não me fizeram feliz e as almas nem era tão gêmeas assim. E isso não me faz descrente do casamento. Apenas me mostra que ele não é tudo na vida, que não existe nenhuma lei e que tem muito mais coisa no mundo que me deixa até mais "completa."

Ando dispensando qualquer tipo de comentário com doses de piedade e cobrança. Ainda mais aqueles com a intenção de "ajudar". Quem precisa de ajuda é o Iprede, colega. Eu gostaria de me casar sim, mas não tem que ser agora e muito menos uma obrigação. A vida é muito mais do que isso. Que tal cuidar da sua?

Um comentário:

  1. Se quiser uma ajudinha te apresento uns amigos!! kkkkkkkkkk... brincando!! Ficando muito bom seu blog, continue... bjs Manuzinha!

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