terça-feira, 6 de julho de 2010

A lei da selva


O mundo dos solteiros é mesmo uma selva. É cada coisa que a gente vê e escuta por aí... Tudo em nome de um cafuné, um beijo desesperado e um sono de conchinha. Na luta pela sobrevivência vale tudo: falar merda, fazer cara de sexy, pose de garanhão e charminho para dar uma de difícil. Chega um ponto que fica meio triste, mas a gente ri e debocha para não perder o costume.

Dia desses uma criatura me abordou dizendo: "Você vem sempre aqui?" Eu nem acreditei. Acabei respondendo, tamanha a minha perplexidade. O pior de tudo é que por mais escrota que eu pareça, não sei dispensar ninguém diretamente. Ou fujo, ou agradeço com um sorriso e saio... A grosseria só rola em casos de extrema necessidade.

Um outro cidadão tentou editar esse mesmo texto: "É a primeira vez que você vem aqui?" Como assim, Bial? Ele acha que eu sou idiota? Após a minha humilde resposta negativa, ainda veio mais bomba: "Sério? Não parece que você já veio aqui outras vezes". E agora tem a cara de quem sempre anda por aqui, meu amigo?

Uma ótima tática é se achar. Lá estava eu linda e loira tentando caminhar numa boate lotada onde todos se esfregam sem querer, quando escuto uma voz vindo bem da minha frente:
- Você tem um sorriso muito bonito.
- Eu sei.
- Você é muito convencida.
- Eu também sei.

É batata, colega! Se depois disso ele ainda insistir e se interessar, é o homem da sua vida. Case com ele!

O pior é quando o papo é bom e o queixo é original, mas o layout da pessoa não colabora. Você tem pena de descartar, deseja uma sincera amizade, mas não rola o sentimento. Também passei por essa. O cara me abordou perguntando se eu era baiana. Eu falei que não e ele: "Mas você tá aí dançando tanto e tão bem!" Ei, foi legal, vai... No mínimo engraçado. Ainda conversei um pouco, pois fiquei curiosa. Mas ele elogiou tanto meu olho que eu fiquei sem graça. Já não sabia mais o que dizer quando olhei para uma amiga, ela entendeu o código e falou de um jeito que eu entendi pela leitura labial: "Quer que eu te salve?" Balancei a cabeça e ela me libertou.

É realmente uma guerra onde se pode apelar pra qualquer coisa, até ser ridículo. E para nós, simples mulheres que não conseguimos entrar diretamente nessa briga, assistimos tudo de camarote e nos divertimos com a palhaçada. Façam suas apostas!

5 comentários:

  1. É por isso que eu não me atrevo (hoje em dia então nem se fala né? Mas na época de solteiro sim) a queixar ninguem assim nessas condicoes, de a pessoa está ali na festa e você chegar chagando. Muito escroto isso. Nunca aprendi a fazer isso. Sei olhar, paquerar e sorrir, mas chegar na pessoa e perguntar "Nomeidadeescola" é muito cruel.

    Sei (sabia =P) queixar as pessoas que já estava ali pra se conversar com você, do tipo que tu me apresenta uma amiga e talz e ela tá ali na sua roda por alguns instantes ou coisas do tipo. F0da. Ainda bem que nao sofri desse mal por muito tempo.

    @pedrolyra

    ResponderExcluir
  2. Manu! Rapaz, achei seu blog vendo um twitter de um colega... É tudo um ÔVO! Cadê as poderosas? :) Gadolas continuam juntos, sem blog, claro. Um abraço! Kergi

    ResponderExcluir
  3. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkkk... "Alô loirinha ô loirinha, vc sabe mexer..." KKKKKKKkkkkkk!!!!!!!!! Ai amiga, essa da baiana foi a melhor de todas!!!!!!!!!!! Só tu mesmo Manu! Beijão =*

    ResponderExcluir
  4. Manu, esses teus textos são demais! Foi a Jannyeire que me apresentou teu blog, adorei!
    Beijo:)
    Karine

    ResponderExcluir
  5. te aguento não, manu!kkkkkkkkkk
    narinha

    ResponderExcluir